19 de julho de 2005

A Cidade do Pecado de Frank Miller

Estréia nos cinemas nesta sexta, dia 22 de Julho, Sin City, filme baseado na aclamada HQ em preto e branco de Frank Miller. O filme é dirigido pelo próprio e pelo mexicano Robert Rodriguez, o mesmo sujeito que dirigiu e produziu por míseros US$7000 um dos supostos filmes que Tarantino adoraria ter feito, El Mariachi, película de ação com influências de filmes de velho oeste, anime e quadrinhos, com muito sangue, tiros e humor.

Em
Sin City, Rodriguez e Miller jogam na tela várias histórias escritas e desenhadas à luz e sombras no papel por Miller e seu nanquim, histórias policiais vividas por personagens anônimos, verdadeiros outsiders, corruptos, violentos, apaixonados, em um palco onde o calor e a chuva se misturam num clima sempre noturno, a cidade do pecado, a
Sin City do título.

Depois desta empolgação toda, só me resta assistir ao filme.

Motor City Five

Isto é história.
Os integrantes remanescentes (dois dos integrantes originais, Rob Tyner e Fred Sonic Smith, já faleceram) da influentíssima banda americana MC5 estão vindo para o país do samba, no Campari Rock Festival. Eles vão tocar dia 13 de Agosto, no bairro da Lapa em São Paulo, na madrugada de sábado para domingo.

Em pleno flower power, com mensagens politizadas e parte integrante da contracultura nos EUA, muita droga injetável e o som revolucionário e furioso de um liquidificador atômico misturando o soul de James Brown, o jazz de Coltrane e os três acordes do punk rock, isso a quase dez anos antes dos Ramones lançarem seu primeiro álbum, o MC5, em plena décade de 60, fez história.
Seminal é pouco para descrever estes motherfuckers.

Nos shows em que o DTK/MC5 (DTK seria as iniciais dos remanescentes da banda) irá fazer em São Paulo vão vir, como convidados, o vocalista do Mudhoney, Mark Arm, a vocalista do Bellrays, Lisa Kekaula e o ex-guitarrista do Guns'n'Roses, Gilby Clarke.
Para mim, o destaque vai para Lisa, que possui uma voz fortíssima, e é a principal responsável pelos Bellrays serem o mais próximo de MC5 que se pode escutar nos dias de hoje.
Agora é assaltar algum banco para poder comprar o ingresso de R$70 para poder assistir ao show.

18 de julho de 2005

Weezermanos

Esta confirmada a vinda da banda Weezer ao Brasil. Mais precisamente para os dias 24 e 25 de Setembro deste ano, lá (ou aí) em Curitiba.
Estarei eu empolgado ? Tentarei achar a resposta nas linhas seguintes, numa auto-análise tosca.

Escutei Weezer pela primeira vez em 1994 graças a antiga MTV (aquela, que passava clipes) e o programa Lado B apresentado por Fábio Massari que tocava direto o sempre legal clipe da música Buddy Holly.
O primeiro disco deles, também conhecido como The Blue Album, não saia do meu tocador de cd. Os refrões alegres e assobiáveis não saí­ram da minha mente por um bom tempo. O segundo disco, Pinkerton, mais "complexo" que o Blue, gastou ainda mais meu tocador de cd (na época, um discman samsung ligado num stereo gradiente).

Muito tempo se passou desde então.
Depois de um longo período de inatividade, mais três álbuns foram lançados pela banda desde o Pinkerton. E a verdade é que o Green Album, o Maladroit e o recente Make Believe não me trouxeram de volta a vontade de sair assobiando como os dois primeiros.
Eu tentei, juro que tentei. Fui atrás de demos, de shows ao vivo, fiz um verdadeiro quest auditivo a fim de encontrar a música que me trouxesse de volta aquilo que senti quando ouvi No One Else pela primeira vez.

A conclusão rápida que chego é que parei de escutar Weezer faz um bom tempo, gosto apenas dos dois primeiros álbuns e que a minha camiseta com o logo da banda representa exatamente isto !
Mas o que interessa mesmo é que o show do Weezer em Curitiba vai ser um sucesso de público e que uma febre de
bandas nacionais seguiram e seguem o caminho das melodias assobiáveis deixada pela banda a mais de dez anos atrás. Bandas como Los Hermanos e Wonkavision gritam influências da banda americana em suas composições, cada um à sua maneira.
E o que menos interessa é se foi o Weezer que ficou mais chato ou se fui eu.