21 de setembro de 2005

Essa é para lavar a alma!


Essa eu não poderia deixar passar batido: Flaming Lips, Sonic Youth, Iggy Pop & Stooges, Nine Inch Nails , no Claro que é Rock, é para matar de alegria qualquer fã tupiniquim de música alternativa. Mais duas bandas completam as atrações internacionais: Suicidal Tendencies e Good Charlote. Aparentemente, vai ser no velho e massacrante esquema de maratona porque tudo isso rola no dia 26 de novembro, num lugar nunca antes explorado para eventos desse tipo, a Chácara do Jockey, no Morumbi. Dia 27 é a vez dos cariocas se divertirem, na Cidade do rock. Quando soube da confirmação do Nine Inch Nails não imaginei que as bandas que completariam o elenco do CQÉR seriam deste nível. Sinceramente,esperava bandas menores mas não menos legais,como o Interpol por exemplo. Os shows nacionais ficam por conta da velha e boa Nação Zumbi, Cachorro Grande e das bandas escolhidas pela organização do festival durante a turnê do Placebo, em maio.
Os ingressos começam a ser vendidos na primeira semana de outubro.É torcer para a facada não ser tão grande.

CRF

Quando não erram pela falta é pelo excesso. Ano passado foi o alvoroço pelo Pixies e um planejamento errado desde a hora de vender ingresso. Era site fora do ar, link de venda bloqueado no horário em que os ingressos começariam a ser vendidos -de acordo com a divulgação dos organizadores-, filas quilométricas em Curtiba e um lugar pequeno demais para a avidez de fãs que desejavam ver o retorno e a histórica vinda do Pixies ao Brasil.
Resultado: o show foi transferido para a Pedreira Paulo Leminski ,mais ingressos foram postos à venda para a felicidade daqueles que já estavam curtindo a tristeza de perder um grande show. A terceira edição do CRF,antes CPF,, traz a história ao contrário. Da grande Pedreira o evento foi transferido para um lugar menor,o Curitiba Master Hall. Do alvoroço provocado pelo Pixies vemos a pouca empolgação dos fãs do Weezer que é a atração principal do CRF. E ao invéz de ingressos em falta,
ingressos que sobram aos montes.
Se para o Weezer a procura está pequena, como estará a procura para Mercury Rev e Raveonettes? Os motivos para esse "fracasso" seriam o excesso de shows nesse segundo semestre? O último disco meia boca do Weezer? O preço do ingresso+viagem+hospedagem na capital paranaense???? Ou tudo isso junto? É torcer para o CRF conseguir fazer tudo dar certo ano que vem, porque os organizadores devem estar meio cansados de erros seguidos (e nós também).

9 de setembro de 2005

Porque eu quero ver o show do Pearl Jam


O dia que milhares de pessoas ,inclusive eu, esperavam há anos finalmente vai chegar e está até marcado. Dois de dezembro,no Pacaembú. Sim, incrivelmente estou falando do Pearl Jam. A primeira banda decente que curti na vida, depois da minha fase queima filme em que ouvia metal (nossa ! parece que isso é lenda...se tiver alguém aí que curta metal, me perdoe). "Ten" foi o primeiro vinil que comprei juntando a grana do lanche da escola.Ainda lembro que comprei o disco num dia depois da aula, numa loja que vendia todos os gêneros musicais, mas que dava um certo espaço para o Rock,porque os vinis ficavam expostos na parede da loja.
Isso foi em meados de 1992. Quando, supostamente, da galera que eu conhecia, só eu conhecia a banda (que pretensão!). "Alive", era o primeiro clipe do Pearl Jam que rolava meio que perdido na programação da MTV - naquela época a recepção do canal era horrível, por isso a pretensão de achar que só eu conhecia a banda.
Aquela imagem preto e branco com uma onda sendo a primeira cena do clipe, em seguida, um riff de guitarra marcante e umas cenas toscas de show que preenchiam todo o espaço da música ficaram retidos na minha memória musical.

Depois disso as minhas anteninhas ficaram bem ligadas para tudo o que vinha do Pearl Jam e também para tudo que vinha de Seatle. Como conseqüência disso conheci o Nirvana,que logo caiu nas graças de todo mundo- só anos mais tarde eu entenderia por quê- o Alice in Chains,o Soundgarden, mais tarde o ótimo Mudhoney e até o Screaming Trees.
Se a primeira música que me chamou atenção foi "Alive" depois vieram "Even Flow", "Jeremy" e "Black" -passei a detestar as últimas duas porque tocaram à exaustão,na MTV e depois em algumas rádios. Comprei o disco conhecendo praticamente duas músicas, naquela época não tinha internet, MP3, nem na imaginação .
Lembro-me bem do especial Seattle apresentado pelo Gastão na MTV, no qual rolaram algumas músicas do Acústico do Pearl Jam. Claro que neste dia estava com controle remoto em punho e VHS devidamente no video cassete esperando a hora H!

Ao mesmo tempo que aquilo era muito legal, passou a me irritar, depois, o fato de o assunto ser apenas Seattle, Pearl Jam e Nirvana, principalmente. Ouvir as músicas rolando em rádios como Transamerica, Jovem Pan me desagradou e principalmente à exaustão como acontecia.
Nessa altura a banda que eu achava que só eu conhecia já tinha caído no gosto do povo e inclusive uma moda pegou: as indefectíveis camisas de flanela apareceram com força acompanhadas de cabelos compridos, de calças e tênis esfolados -qto mais podre melhor!
Aos poucos eu comecei a me encher e voltar a minha atenção para outros sons embora continuasse a gostar da banda.Passada a febre das bandas principais de Seattle e a morte de Kurt Coubain,que querendo ou não marcou o fim da grande onda,deixei o Pearl Jam de lado para valer.Mas ficava alerta a cada saída de disco novo. Ouvi um a um, de Ten a Yeld,este último até com certo atraso.Hoje confesso que perdi um pouco da seqüência da discografia do Pearl Jam.
Com certeza, o "amor" que tinha pela banda não é mais o mesmo,mas a vontade de vê-la ao vivo não morreu .De certa forma fiz uma promessa ingênua para mim mesma,numa época ingênua ,de que veria o Pearl Jam se um dia viesse tocar aqui, não importava o preço do ingresso.O que eu não contava é que eles viessem num momento em que minha situação financeira não é muito diferente de quando "...(i was) sittin' home alone at age thirteen..."
Seja como for quero estar no Pacaembú, dia 02/12, para lembrar velhos e ingênuos tempos.Yeah!