16 de abril de 2006

Os Números Mágicos da Fofura Extrema

Sabe aqueles dias que você só quer chegar em casa, se afundar no sofá e fechar os olhos, pensando na vida (ou no que essa safada acabou de te aprontar)? Muitos diriam que a companhia perfeita pra uma hora dessas seria um six-pack de cerveja geladíssima, enquanto outros prefeririam a companhia de um cachorrinho de estimação ou uma grande barra de chocolate. Pois eu digo que a companhia ideal não pode ser outra senão o disco The Magic Numbers, da banda de mesmo nome.

É incrível o que este quarteto de gordinhos consegue fazer com a minha cabeça. É como se metade das ondas sonoras que saem das músicas deles distraíssem meu cérebro e os meus sentidos, enquanto a outra metade faz uma faxina geral e uma massagem completa no meu interior. Lembra dos Ursinhos Carinhosos, que podiam soltar uns "poderes" das suas barrigas? Eles sozinhos tinham poder, mas quando dois ou mais se juntavam é que a coisa ficava avassaladora de verdade, certo? O mesmo pode ser dito das vozes de
Angela Gannon (percussão, melodica e vocais), Romeo Stodart (guitarra, vocais, banjo e piano) e sua irmã Michele Stodart (baixo, vocais e teclado). Sozinhas, podem surtir efeitos calmantes, mas somente as três juntas, em sopreposições, duetos e backin' vocals, conseguiriam acalmar a maior das feras. Eu entraria na jaula de um leão selvagem, se tocassem The Magic Numbers bem alto perto do bichano.

É até estranho descrever o quanto essa banda é fofa. Pra saber do que eu estou falando, você precisa assistir aos clipes deles. Se o CD é a identidade do quarteto, é o cartão de visitas, os clipes são aquela noite que você passa acordado junto de alguém, conversando trivialidades só pra acabar descobrindo o quanto aquela pessoa é incrível. "Love's a Game", além de ser, na minha opinião, a música mais linda e fofa do mundo, é a trilha sonora dos quatro minutos e cinquenta segundos de vídeo mais sinceros que eu já tive o prazer de ouvir. A primeira vez que eu vi esse clipe, eu senti uma coisa muito estranha. Foi à uma e pouco da madrugada, no MTV Lab. Aquele clipe irradiou uma luz tão grande, um sentimento tão sincero, tão simples mas ao mesmo tempo tão completo, que todos os clipes que passaram antes e depois dele pareceram completamente sem graça (até porque, de fato, a maioria era).


Quando alguém que é fã de No Use For a Name, Millencolin, The Ataris e Less Than Jake se derrete todo em elogios à uma banda que pode ser descrita apenas como "extremamente linda e fofa", isso só pode significar duas coisas: ou a banda é realmente um achado, ou esse alguém está ficando mais, digamos, sensível.

3 comentários:

Cátia disse...

Isso é o que eu chamo de "a volta dos que não foram", o ser mais desacreditado a quem alguns guaranás Kuat de laranja já foram sonegados apareceu, e pior, é q qd o cara aparece ele manda bem.
O texto tá bem bacana, não conheço a banda,mas vou procurar ouvir e o próximo ser desacreditado aqui serei eu com certeza.

Fred disse...

Aaaeeeeee!
Graaaande Fabio, precisa escrever mais moçinho.
Se bem que o blog 16-bit dele tá de afudê.
Eu gostei do Magic Numbers, apesar de achar algumas músicas meio... sonolentas... hahahaha.
A minha favorita é Love Me Like You, dá até pra dançar nas baladinhas.

Anônimo disse...

Ursinhos carinhosos??? Essa foi tirada do fundo do baú! ... Agora até fiquei curiosa para conhecer tal banda citada no seu post. ... E quanto à 'companhia' citada também sobre 'aqueles dias que você só quer chegar em casa, se afundar no sofá e fechar os olhos, pensando na vida (ou no que essa safada acabou de te aprontar)?'; a primeira coisa que me veio à cabeça foi 'Goiaba'. Acho que preferiria a companhia de umas 4 Goiabas. Vai ver é porque eu adoro Goiaba :)