17 de março de 2006

Mais uma lista de melhores de 2005

Deus! Perdoai os que embaçam na publicação de textos para este blog. E perdoai aqueles que escrevem listas de melhores discos do ano. Para que servem estas listas de melhores discos do ano se não para podermos discordar da ausência de nossos preferidos ou a presença de bandas não tão preferidas?
Acontece que o cara esperto que curte música sabe como utilizar este tipo de lista. Depois de reclamar e xingar muito, ele vai atrás daquele disco que nunca ouviu falar e conferir se o disco presta. Mas cada um com sua opinião.
Não escutei tudo que foi lançado em 2005 no mundo rock/pop e nem pretendo, mas influenciado por um amigo que me pediu uma lista dos dez melhores de 2005 para escrever em seu blog, vou aproveitar e massagear meu ego colocando aqui a minha lista de melhores discos de 2005, em ordem alfabética.

Art Brut
Bang Bang Rock And Roll
O punk e o post-punk da década de 70 e do início de 80 imortalizado por bandas como Vibrators, Damned e The Fall. O sotaque inglês é fenomenal, a faixa My Little Brother tem uma parte que é assim: "My little brother just discovered rock'n'roll, there's a noise in his head and he's out of control".

Bloc Party
Silent Alarm
Influências do post-punk, mas com uma levada mais new wave e dançante, sem deixar o punk de lado, sem antes não colocar uma dose de personalidade. Bateria e baixo comandando o ritmo e abrindo caminho para as guitarras fazerem seu papel, as vezes melancólico, as vezes cheio de swing.

Clap Your Hands Say Yeah
Clap Your Hands Say Yeah
O vocalista tem o mesmo timbre de voz de David Byrne do Talking Heads, mas canta de um jeito um tanto esquisito. E o legal é perceber que sua voz encaixa perfeitamente ao ótimo som cheio de camadas sonoras do restante da banda.


Epoxies
Stop The Future
Lembranças. Epoxies me faz lembrar a seminal banda punk X-Ray Spex, só que com um sintetizador no lugar do saxofone. O disco inteiro é uma festa. O poderoso vocal de Roxy Epoxy traz a essencia e a energia de uma Siouxsie. Uma banda que poderia ter surgido em 77 abrindo shows para o Blondie sem fazer feio.

Heartless Bastards
Stairs And Elevators
A voz de Erika, a vocalista, é uma pedra crua, garageira e preciosa que, junto com o restante dos Bastards, me fizeram voltar a acreditar na simplicidade do rockão de garagem. Quem um dia lembra de Mark Lanegan e seu Screaming Trees, sabe do que estou falando. A voz forte hipnotiza enquanto a simplicidade do melhor do rock cru, sem frescuras, nos faz imaginar "essa banda ao vivo deve arrebentar".

The King Khan & BBQ Show
The King Khan & BBQ Show
BBQ toca bateria, guitarra, canta, tudo ao mesmo tempo. King Khan é o indiano maluco que toca guitarra, canta, dança, tudo ao mesmo tempo. Banda de duas pessoas tem de monte, mas banda de duas pessoas que faz o autêntico rock'n'roll ser mais barulhento e mais garageiro só tem o King Khan & BBQ Show.

Ladytron
Witching Hour
A primeira coisa que pensei ao ouvir Witching Hour foi como tudo funciona tão bem. A segunda foi como todas as canções deste disco são lindas e possuem uma sonoridade agradável para qualquer momento do dia e da noite. Um electro-rock denso, dark, cheio de sensações retrô saídas do forno.

Sleater-Kinney
The Woods
Guitarras super pesadas, melodias nervosas, gritos enfurecidos, canções que não são pra qualquer ouvido. As meninas voltaram com tudo, nada de melodias fáceis. O som do Sleater-Kinney arranha e incomoda como os bons discos de rock precisam ser.

The Soviettes
III
Soviettes é uma banda que lembra em alguns momentos o punk rock feito no início dos anos 90 pela banda Greenday, mas que tem aquela identidade própria que foge fácil do estigma "mais uma banda de punk rock". Os três acordes, a energia e a forma de cantar em canções punk rock com aquele algo mais, a atitude e a diversão.

Wolf Parade
Apologies To the Queen Mary
Algumas canções me fizeram lembrar Black Francis e o seu Pixies. Outras me fizeram lembrar Arcade Fire, graças à grande quantidade de camadas sonoras e seus instrumentos de cordas, percussão, os backing vocals, a alegria misturada com a melancolia. Pixies e Arcade Fire. Tá esperando o que pra escutar Wolf Parade?

7 comentários:

Cátia disse...

Noooooooooooosssaaaaaaaa! Qto tempo vc ficou cozinhando este post????
Disso tudo que vc citou só ouvi Clap your hands say yeah e ainda não sei se gostei.
Estou precisando urgente a voltar ouvir música...

Fred disse...

hahahaha. eu parei no tempo...
é engraçado ver a reação das pessoas qt ao clap your hands.
muita gente acaba nao curtindo mesmo...
eu tb parei de ouvir, tô uma lástima.

Anônimo disse...

jesus ! Preciso me atualizar mais!!! rs

Poooooo.. puxa ai o novo do Depeche mode! e me fala! eu acho uma obra prima!!!!!

Bjs

Anônimo disse...

Nunca ouvi o Clap Your Hands... O cara é mais esquisito do que o David Byrne???? Como assim??? Hehehe... Bloc Party é um dos meus mais ouvidos nos últimos tempos...

Fred disse...

esquisito oras... hahaha.
digo, a maneira que ele canta é meio estranha, desafinada, cheia de indas e vindas.
ah, nem me fale, bloc party é fantástico, é som pra toda hora, todo minuto, pra qualquer parte do dia.

Anônimo disse...

Se vocês fossem mais indies o blog poderia de chamar Indiegesto... Hehehe...

Fred disse...

:)
garota...
pior que ele QUASE ficou com esse nome.
por uma fração de segundos apenas, pois foi logo descartado.
ainda bem!