4 de dezembro de 2006

Sinceridade Pop

Eu tenho que ser sincero antes de começar a escrever sobre o recente álbum da banda escocesa Belle & Sebastian, The Life Pursuit. Nunca me chamou muita atenção o que já escutei deles, seja vendo-os tocando ao vivo no Free Jazz, em 2001, seja ouvindo uma música ali e outra acolá pelos lugares e momentos da vida.

Até aparecer uma daquelas pessoas especiais com o The Life Pursuit. O disco me foi entregue junto com outros discos de Stan Getz e o do The Commitments, sem eu ter comentado se gostava ou não da Belle ou do Sebastian. Era uma mistura interessante de sentimentos: o disco alegre e direto do pop rock do Belle & Sebastian no meio de um vendaval de improvisos e caminhos variados do elaborado sax de Stan Getz. Sons e sentimentos mais ou menos relacionados com o que eu estava passando na época.

Navegando em um site de música gringa, acabei lendo o seguinte comentário feito por um destes gringos anônimos que habitam a internet: o The Life Pursuit é uma mistura de Morrissey com o pop rock dos anos 60 da banda The Monkees. E o gringo tinha razão. Na grudenta Another Sunny Day é possível perceber a simplicidade pop melancólica dos Smiths junto com a alegria pop saltitante dos Monkees.

Associar a ótima The Blues Are Still Blue com o delicioso glam rock de Marc Bolan e o seu T-Rex é garantia de sorrisos. Ao escutar Sukie In The Graveyard notasse a influência de um David Bowie que poderia estar cantando uma alegre melodia glam sobre uma garota que para se ver livre dos problemas, entre outras coisas, adora passear no cemitério. É agradável escutar estilos diferentes em um mesmo disco, ainda mais quando tudo se encaixa em melodias tão fáceis de se escutar. E estas melodias funcionam muito bem por todo o The Life Pursuit, até mesmo quando a banda experimenta um tranquilo soul na faixa Song For Sunshine.

Eu não imaginava que fosse mudar tão cedo de opinião sobre o Belle & Sebastian, mas com o The Life Pursuit eles conseguiram, graças ao pop sincero e as diversas e ótimas influências que a banda soube diluir tão bem ao seu som.

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:belle & sebastian:
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video clipe de The Blues Are Still Blue

3 comentários:

Anônimo disse...

tá, soh pq eu xinguei belle & sebastian, nao precisa justificar! rs
Ta bom, ta bom, ao contrario de vc q teve alguem especial para lhe mostrar eu ja tive trauma com uma pessoa q adorava essa banda e eu odiava essa pessoa, ou seja, ecati belle & sebastian para mim! Rs

by the way, leia seu email ! pow... e responda né! rs

Beijocas

Fred disse...

Tente não associar as bandas com as pessoas, mesmo estas sendo especiais ou não.
Afinal, as pessoas vêm e vão, mas as bandas sempre estarão por aí.
;)

poxa, escute pelo menos a The Blues Are Still Blue que, na minha opinião, é a melhor música do disco.

já já eu respondo seu e-mail.
e-mails monstros requerem concentração e xícaras de café antes de serem respondidos.

Cátia disse...

Nessa história de B&S sou a a única veterana aqui.Amo muito essa banda. Tenho os 4 primeiros discos, contando os que meu namorado tem a coleção é quase completa. Ainda não ouvi The life pursuit,mas aposto que vou gostar.

É engraçado qd num momento nada a ver a gente começa ouvir uma banda com outros ouvidos. Isso aconteceu comigo em relação ao Sigur Rós, essa banda sim não é nada fácil de se gostar. Um dia as coisas mudam ou não... Isso me fez lembrar do Free Jazz traumático que perdi, justamente com esta dobradinha:B&S e Sigur Rós,sniff.