24 de julho de 2006

Eu, Você e Todos Nós

Eu Você e Todos Nós, o Poster!Um filme sobre a solidão está passando atualmente nos cinemas. Ele se chama Eu, Você e Todos Nós (Me and You and Everyone We Know). Solidão, Sexualidade, relacionamentos, curiosidades, manias, traumas e como tudo acaba se envolvendo.

Duas amigas adolescentes provocam e alimentam a fantasia sexual de um cara por volta de seus 30 anos. Um garoto de 14 anos conversa com uma desconhecida em um chat na internet sobre sexo enquanto o irmão de 6 anos observa, atento, aprendendo, também no anseio de participar. E participa. Um senhor descobre, depois de conviver a vida toda com uma mulher que não amava, quem é a mulher da sua vida: uma senhora doente, em seus últimos dias de vida. Uma artista plástica, com um machucado no pé causado pelos sapatos antigos, se apaixona por um vendedor de sapatos que lhe diz, enquanto lhe vende um novo par : "As pessoas pensam que dores no pé são um fato da vida, mas a vida é muito melhor que isso. (...) Sua vida pode ser bem melhor. Começando agora."

A atriz que interpreta a artista plástica é Miranda July, também diretora e escritora do filme, estreando no cinema. Miranda coloca pessoas que vivem em um mesmo bairro, em uma mesma comunidade, onde todas se conhecem e, ao mesmo tempo, todas são autênticas almas solitárias que desenvolvem manias estranhas, que tentam superar divórcios e ao mesmo tempo se dar bem com seus filhos, almas que tentam se relacionar de alguma forma, seja através da descoberta sexual de duas adolescentes, seja na curiosidade de um garoto de 6 anos, seja na forma de adiar o máximo possível a morte inevitável de um peixinho dourado. Algumas cenas podem fazer você rir ou ficar chocado, e quando você espera que já é o suficiente, Miranda chega às vias de fato, mas chega de uma forma sutil, sem exageros, com humor e melancolia.

A trilha sonora é ótima, uma mistura de lounge, um som eletrônico mais calmo, com um tempero folk. As músicas se encaixam muito bem nas cenas, sabem ser notadas. Mas a música que mais marcou foi a belíssima Any Way that You Want Me do Spiritualized, fazendo com que a cena fique ainda mais memorável.

2 comentários:

Cátia disse...

Quem vai ao cine após ler uma sinopse pode ser q ñ se interesse por este filme, afinal a sinopse diz absolutamente nada.
Esta semana serei na fila do cinema, a única fila em que não me irrito em ficar.

Anônimo disse...

Sinopse de filmes são mesmo duras de engolir, não podem ser levadas a sério. Mas uma coisa precisamos levar em consideração... É uma das coisas mais difíceis resumir um filme em poucas linhas. É de fazer suar frio.